A Máquina do Fim do Mundo - I

sexta-feira, 12 de setembro de 2008

É só dizer que o mundo pode acabar que as pessoas percebem que os físicos existem! Mas para que mesmo que gastaram dez bilhões de dólares e por que esses caras deram pulos de alegria vendo dois pontinhos brancos num telão? Vou tentar explicar o que está por trás de tudo isso. (Aceito sugestões se não ficar muito claro.)
A primeira coisa que precisamos saber é que existem muitas outras partículas além dos elétrons, prótons e nêutrons que a gente aprende na escola. São no mínimo vinte e quatro tipos. Fótons, glúons, neutrinos, quarks...
É impossível usar um supermicroscópio para ver o que tem dentro do núcleo de um átomo. Não é porque os equipamentos são ruins e não temos tecnologia. É fisicamente impossível mesmo. Então como sabemos o que tem dentro? Imagine que somos podres de ricos e meio loucos. Gostamos de carros, mas não sabemos nada sobre como funciona e nem temos as ferramentas pra desmontar. Que tal jogar um carro no outro e ver os pedaços que saem voando?
Os caras gastaram muito dinheiro para fazer um sistema que conseguisse acelerar prótons e outras coisas mais pesadas a velocidades MUITO próximas à velocidade da luz (mais de um bilhão de quilômetros por hora) usando campos elétricos e magnéticos.
Tem muita energia nas colisões que acontecem. Essa energia acaba se transformando em partículas que não estavam lá antes! Como se uma moto fosse criada depois de uma batida entre dois carros. Isso é explicado pelo nosso grande amigo Einstein: E = m.c2. É possível transformar energia em matéria e vice-versa. O 'c' é a velocidade da luz, um número muito alto, e é elevado ao quadrado! Ou seja, precisa de muita energia para conseguir pouca matéria. Quanto mais energia, mais coisas são criadas nessas batidas.
O LHC, Grande Colisor de Hádrons (uma das categorias de partículas), é a máquina mais poderosa já construída, gerando muita energia. Espera-se que se consiga criar, por tempos muito pequenos, uma partícula chamáda Bóson de Higgs, que é prevista teoricamente, mas que não foi observada até hoje.

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